O poder de compra das classes CDE cresceu em cerca de R$ 143 bi nos últimos sete anos e, hoje, a base da pirâmide movimenta aproximadamente de R$620 bi por ano. Isso se deve à estabilidade econômica do país, à redução do índice de desemprego e, principalmente, ao aumento do crédito. Para exemplificar este cenário: em 2008, foram vendidos 3 milhões de computadores a mais que televisores.
Para os consumidores de baixa renda, adquirir um computador e ter acesso a internet significa INVESTIMENTO. Significa proporcionar as ferramentas necessárias para o desenvolvimento educacional dos filhos; significa fonte de renda, já que podem prestar serviços à comunidade e cobrar por eles; significa entretenimento de baixo custo; significa , principalmente, ACESSO a algo que anteriormente somente as classes mais altas podiam ter.
Segundo o PENAD 2000, 66% dos domicílios com computadores são das classes CDE e 36% dos internautas da classe C têm banda larga. O acesso à rede aliado ao aumento da distribuição dos cartões de créditos entre os conumidores de baixa renda, proporcionou às pessoas da base da pirâmide os meios necessários para também fazer parte do comércio eletrônico. Em números absolutos, 51% dos compradores online são das classes CDE.
Os fatores de entrave para que os consumidores de baixa renda “se lancem” mais agressivamente ao comércio eletrônico são basicamente dois: a intangibilidade da compra e o receio das fraudes. Comprar algo que não se pode tocar, atravês de um vendedor que não se pode ver e o medo de possíveis clonagens eletrônicas ainda deixam esses novos web-shoppers inseguros. Porém, à medida em que a internet se torna mais segura e que as experiências de compra se tornem mais agradáveis, é possível que o futuro do e-commerce esteja nas classes CDE.
Fonte de dados: Data Popular e PENAD
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